segunda-feira, 14 de abril de 2008

O AMOR E A AMIZADE



Fiz a um amigo a seguinte pergunta:

Não conheço Deus, mas amo-o.
Conheço o meu amigo, e amo-o.
Qual é a maior prova de amor?

No fundo, saber se é mais fácil amar e lutar por um ideal, ou amar e lutar por quem ou aquilo que conhecemos, com suas qualidades e defeitos.

Têm respostas? Espero que o Zeca ajude...

5 comentários:

CIDE disse...

Descobri há pouco tempo que o melhor do Mundo são as pessoas, digo, os Amigos.
Parafraseando Kant, nem todos os humanos são pessoas. Entre a animalidade e a pessoalidade vai um "mundo" de tamanha diferença.

Viva o Zeca!

Luís Mourinha

A.Tapadinhas disse...

Luís Mourinha:
Esse mundo de diferença, nós, os humanos, temos a tentação de o aproximar, atribuindo aos animais de estimação sentimentos, como gratidão, amor, ou indignação. Para os cientistas essas atitudes podem ser simples respostas a estímulos... que nós interpretamos como emoções/sentimentos.
Abraço.
António

Estudo Geral disse...

A síntese perfeita: "Amar o Amor", li em Agostinho da Silva. Ou seja, Amor é mesmo Amar - o si, os outros e o mundo.

"Sei que a poesia está para a prosa assim como o Amor está para a Amizade. E quem há-de negar que esta lhe é superior?", ouvi numa canção do Caetano Veloso.

Um Amigo ainda é mais que o Amor (Deus)?
Bem, talvez o Caetano seja ateu.

Então olhem, venham mais 5x5.

Milhares de Abraços,
Luis Carlos.

A.Tapadinhas disse...

O Amor não tem tempo: num dia vive-se uma Eternidade. A Amizade constrói-se: por muito que vivamos, não conseguimos aprender como. Vem logo a seguir à fidelidade a um clube: é para toda a vida...
Abraço.
António

MJC disse...

Questão complicada.
Deus é uma questão de fé, os amigos uma questão de escolha, opção e construção.
Para os mais fervorosamente crentes, o amor a Deus está em tudo (até o amor ao amigo será uma expressão do amor a Deus e por ele condicionado) e, Deus, omnipotente e omnipresente, sendo a interpretação do bem total e absoluto não admite contestação. Será por isso um amor submisso, obediente e inquestionável. Deus não se explica nem é questionável, segue-se.
Os amigos são diferentes.
Provêm e nascem de outras latitudes. Na minha modesta opinião, não se podem comparar as duas manifestações.
Relativamente ao ideal existe muito de construção pessoal e, por isso, é por nós construído e manipulado. Será como um prolongamento de nós próprios pelos terrenos da utopia. Também aqui as coisas são diferentes. Os amigos não são uma construção nossa nem deles somos proprietários. São autónomos e independentes de nós embora também se possam e devam cultivar com as ferramentas e a arte de que cada um seja portador. Se em matéria de fé a esfera do individual é soberana, na área do ideal os amigos estão, frequentemente, presentes e dele participam activamente. Razão porque, quase sempre, se implicam reciprocamente.
Respondendo à questão diria que do que não há dúvidas é que o melhor, mesmo!, é sentir Amor.

m.j.