sexta-feira, 4 de abril de 2008

Estórias de Alhos Vedros


O céu de Alhos Vedros numa manhã de Sábado. O "fumo branco" que risca o céu saído sabe-se lá donde. A tasca do peixe assado, bom e barato, dizem. A casa amarela. O palacete azul do Julião Alvarez. A tasca que um dia pegou fogo e jaz em ruína. Os fios eléctricos, o candeeiro e a antena da TV. Umas nuvenzitas que mancham o céu de um suave branco. E por cima do cabo eléctrico um azul infinito que se adivinha.

9 comentários:

Paula Soveral disse...

:)))) o fumo branco que risca o céu sabe-se lá de onde.... será este o mesmo fumo que vi ao chegar a alhos vedros pela primeira vez...?... terra de fumos, brumas e névoas brilhantes que acendem na alma a noção de divino e de eternidade! alhos vedros é intemporal :)

Estudo Geral disse...

...mais a lenda do Rei Artur e de sua Távola Redonda, em relações entre cristãos e celtas, mais sacerdotisas mulheres que se escapam pelo meio das brumas intemporais.

Quase sempre prefiro o "donde" ao "de onde", embora saiba que é incorrecto. Acho que tem a ver com a reverbação do som.

Paula Soveral disse...

pois, o donde reverbera mais forte e não sei se é assim tão incorrecto qto isso... "donde és?", pergunta o velho; "venho de longe, das terras sem nome e sem tempo onde um suspiro é tudo quanto existe".

A.Tapadinhas disse...

As vossa palavras fizeram-me voltar a olhar a fotografia... e de repente vi: aquela casa amarela, fez-me lembrar Van Gogh...
Logo que o tempo melhore vou passar por lá... talvez mereça uma tela...
Abraço.
António

Estudo Geral disse...

Acho que vai sair um quadro assim tipo: "...o Velho que vinha de longe, das terras sem nome e de casas amarelas, onde um suspiro é tudo quanto existe. De repente viu... logo que o tempo melhore vou passar por lá para vos dar um abraço."

Luis Carlos

MJC disse...

O fio eléctrico é uma ponte inverosímel, pois que liga margens que se não vêem.
Esfumaram-se (daí a explicação para o fumo branco - já esparso - que a fotografia regista), tornando-se, assim, ponte que liga (?) o(s) infinito(s) imensamente azul(is). Azul(is) da fra-eternidade.
Azul que diz : "Fu-tu-ro A-go-ra!"
Também poderia dar um belo quadro, creio.
Poderia chamar-se "Infinito azul do futuro agora".
Abraço

m.j.

A.Tapadinhas disse...

"Infinito Azul do Futuro Agora"
Era o título que me faltava para criar uma obra em que invisto tudo o que aprendi, até agora! Um padrão que marque a evolução, não sei se minha, se de quem me rodeia, ou, porque não, da própria humanidade... Meu Deus! Onde isto já vai!
Posso apropriar-me do título?
Abraço.
António

MJC disse...

E porque não amigo António ?
Fica à vontade.
Abraço
m.j.

MJC disse...

E porque não amigo António ?
Fica à vontade.
Abraço
m.j.