Tradição que vem de longe e chegou a diversas latitudes :A Festa do Espírito Santo
“Assim como os três reis magos
Que seguiram a estrela-guia
A Bandeira segue em frente
Atrás de melhores dias, ai, ai...” (“Bandeira do Divino”, Ivan Lins)
Em 1283, a rainha Santa Isabel fundou, em Alenquer (Portugal continental), uma albergaria e deu inicio à construção de uma igreja com a invocação do Espírito Santo. Alguns historiador defendem que foi em Alenquer, que tiveram início as Festas do Espírito Santo- As Festas Imperiais em louvor do “Divino Espírito Santo”, se expandiram por todo o reino, atingindo o apogeu nos séculos XIV a XVI, e em todas as povoações da rainha santa, como Alenquer, Leiria, Porto de Mós, Óbidos, Torres Novas e Sintra, Batalha realizavam-se e realizam-se com esplendor. E estas festas também chegaram ao Brasil, África, Índia, Canadá e Estados Unidos.
No entanto,atualmente, as Festas do Espírito Santo são mais relevantes nos Açores ,caractererizando a vida dos ilhéus, porque ajudam a desenvolver o sentido de comunidade, próprio da cultura das ilhas. Os emigrantes e seus familiares, na América do Norte e em Portugal, costumam regressar ás ilhas para a celebrarem a data.
É que segundo o filósofo luso-brasileiro, Agostinho da Silva, o povo açoriano é portador de uma mensagem de paz e de fraternidade que levou, e continua levando, para o mundo inteiro, numa missão de anúncio da nova era para a humanidade. Essa missão e esse anúncio constituem uma parte fundamental das Festas do Divino Espírito Santo, e no desempenho dessa viagem de mistério as Festas chegaram à Ilha de Santa Catarina e em mais de dois séculos se estenderam por todo o litoral do Sul do Brasil.
Mas a crença no Espírito Santo, no Brasil, é reconhecida como um dos principais focos das formas de religiosidade popular do Centro-Oeste, contrariamente ao que acontece no Nordeste e Sudeste do país, onde outros santos padroeiros, como os juninos, ocupam o lugar que no Brasil Central se destina ao Divino. Diz-se ainda que a festa está intimamente ligada ao período da mineração de ouro e se conservou especialmente nas velhas cidades goianas do século XVIII, sendo rara e pouco solene nas cidades que foram fundadas depois do ciclo do ouro.
A festa do Divino Espírito Santo é típica em muitas regiões brasileiras, como no Maranhão, onde os festejos fazem parte da cultura popular, destacando-se como um dos mais importantes, por sua ampla difusão e pelo impacto que tem sobre a população. Hoje, existem dezenas de festas do Divino espalhadas por todo o Estado, levando adiante uma tradição viva e dinâmica, em que se destaca a beleza do repertório musical.
Termino com a notícia do C O N V E N T O S O N H O/ A S S O C I A Ç Ã O A G O S T I N H O D A S I L V A, que realiza no dia 11 de maio próximo, a XVIII Festa do Espírito Santo, no Convento da Arrábida (Portugal), cerimônia que decorre dentro do espírito do ecumenismo integral, diálogo e comunhão A programação inclui a leitura de textos de: Agostinho da Silva, sobre o Culto do Espírito Santo; Dalila Pereira da Costa; Padre António Vieira. E no momento da coroação das crianças, evocação e música :cânticos com trovas para o Menino Imperador, de António Quadros; o Divino Espírito Santo com quadras de Agostinho da Silva. A quem se interessar por mais informações, o listeiro do diálogos_lusófonos, Luís Santos, certamente pode dizer algo mais.
Um abraço, Margarida
Pesquisámos a Festa do Espírito Santo nos seguintes endereços
http://pt.wikipedia.org/wiki/Festas_do_Esp%C3%ADrito_Santo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_do_Esp%C3%ADrito_Santo_no_Maranh%C3%A3o
http://www.aguaforte.com/antropologia/festaabrasileira/AFestadoDivino.html
http://www.jornalalenquer.com/noticia.asp?idEdicao=51&id=2761&idSeccao=634&Action=noticia
http://www.agecom.ufsc.br/index.php?secao=arq&id=3871
quarta-feira, 30 de abril de 2008
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