Novo Desafio do M.F.I.!
A. Tapadinhas disse:
Nas comemorações do 90º. aniversário das aparições, esteve em Portugal, em representação do Papa, o Secretário de Estado do Vaticano.Os Príncipes das Astúrias, visitaram hoje Beja, para entregar um prestigiado prémio internacional ao empreendimento do Alqueva, apesar de todas as questões ambientais que tal obra coloca. Há uma míriade de questões que se podem colocar sobre estes dois temas. Proponho que respondam às vossas questões. E respondam à minha:
-Qual é mais importante para Portugal?
O resto da pergunta é : Fátima ou Alqueva?
O resto da pergunta é : Fátima ou Alqueva?
A.Tapadinhas
15 Outubro 2007
13 comentários:
Talvez as coisas não estejam assim tão distantes uma da outra.
Os príncipes das Astúrias para lá de virem premiar a construção do Alqueva e de lhes serem oferecidas as Chaves da Cidade de Beja, fizeram questão de visitar a Igreja da Senhora dos Prazeres(?) que segundo dizem constitui uma das melhores obras da arquitectura barroca.
Curiosamente,tanto quanto sei, não foram espreitar a nova basílica de Fátima...
O lugar de peregrinação do Santuário de Fátima é da maior importância para o nosso país que embora seja um Estado laico por jurisdição, é significativamente de interpretação cristã na sua essência. Todo ele, em todo o seu projecto, ao longo de toda a sua história. E depois, a meu ver, a doutrina cristã é um saber de excelência, sem dúvida. Há que aprender para aproveitar.
Quanto ao Alqueva, já construído, não vejo como não extrair dele o melhor dos aproveitamentos, respeitado que seja o ambiente, salvaguardados que sejam os interesses do país, quer dizer, de todos nós. E ainda bem que serve para fortalecer as relações com nuetros hermanos, uma das fundamentais razões para uma boa consolidação de Portugal no mundo. Para nós e para eles.
E, Meu Deus, quantas infinitas interrogações suscitam esta minha meia dúzia de palavras aos saltos.
Luis Santos
Definitivamnte as duas, por razões heterogéneas, para a Ibéria :)também, não só para Portugal e para Espanha.
Cá vai mais uma achega para o debate que me chegou através de Abdul Cadre, num pequeno excerto de entrevista dada ao DN pelo Reitor do Santuário de Fátima:
Na sua opinião, uma mulher que é agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?
Depende do grau da agressão.
O que é isso do grau da agressão?
Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos.
Então reformulo a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?
Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não.
Reitor do Santuário de Fátima, Luciano Guerra, entrevista ao DN
São dois pontos de vista, dois pontos de partida diferentes. A fé é um fenómeno inquestionável, humano, legitimo; por outro lado, uma Barragem traz beneficios, não espirituais, mas socio-económicos. Se pesarmos os valores implicaods num ponto de vista e no outro, podemos tomar a nossa decisão. Entre Fátima e Alqueva, decidiria pelo Alqueva, porque Santuários há muitos e Barragens há poucas e são de extrema necessidade. Mas... mas, de um lado e do outro, há razões e valores diferenciados.
Luís Mourinha
Analítica fundamentada de Dialógico.
Voto Alqueva pela necessidade.
A fé é individual e cada um pode construir o seu santuário e idolatrar o seu Deus.
Flávio M.
Exactamente, o meu santuário pode ser construído lá em casa, onde achar por bem. Respeito a fé dos Homens e compreendo as necessidades mais urgentes e/ ou importantes.
Santuários sim! Barragens, já, caso se julguem necessárias.
Flávio, não Concorda?
Tinha pensado não colaborar nesta dialéctica que eu próprio provoquei. Mas não resisti.
Sempre que pensamos, um precioso bem, cada vez mais raro, estamos a rezar a um Deus desconhecido. Quando não valorizamos a vida animal ou vegetal como fazendo parte da unidade do nosso mundo, pensando em termos mercantilistas, e pondo em causa a nossa própria sobrevivência, estamos a colocar em risco a vida tal como a conhecemos.
Direi como Victor Hugo: Há pensamentos que são orações. Há
momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos.
A.Tapadinhas
O meu santuário está construído no meu coração e na minha alma. Vivo na tentativa de ser o mais possível, uma pessoa coerente, correcta e justa. Faço os possíveis por ser, se é que se pode chamar, uma boa pessoa. Pratico o bem, dentro das limitações de tempo e disponibilidade que tenho. Rezo a um só Deus, porque creio que somente existe um, independentemente, da religião a que cada um pertence. Quanto à barragem, esta faz falta e deve ser bem aproveitada, salvaguardando todos os nossos interesses.
Ah, outra "coisa", não se coibam de escrever aos saltos, pois é bem bonito.
teresa.
Ainda me esquecia de dizer que as palavras do Reitor do Santuário de Fátima, Luciano Guerra em entrevista ao DN, me deixaram estupefacta e apavorada, pela falta de respeito, humanidade, coerência... enfim, a hipocrisia deixa-me ... Ai, se eu fosse jornalista, tinham de me silenciar. A bem ou a mal. Talvez perguntasse ao dito senhor, se não seria bom ele se prontificar a ser espancado todos os dias ou de vez em quando, por um cruel e enlouquecido esposo, para "salvar a pele" de muitas mulheres e crianças que são vítimas de violência doméstica. Desculpem, mas resisto. Há pessoas que não existem, no mau sentido, do termo. Bolas!
teresa.
Certo Dialógico !
Respeite-se a fé (e o que será a fé ?) e perceba-se justificadamente que a necessidade dum Alqueva é a necessidade das pessoas e da Nação.
Duas interpretações para enriquecimento: a fé com o transcendente que governa o mundo e que o estágio da minha alma não conseguiu encontrar; a fé como insuficiência da razão, que incapaz de se explicar a si própria demanda a ideia de Deus.
Flávio M.
Olá Philos !
Sentimental e determinada como sempre. Lindo santuário, quão pequeno mas quão grande aos olhos de Deus. Exerça nele os seus direitos de reitora e expresse a sua doutrina na liberdade e na linguagem dos justos.
Flávio M.
Olá Flávio:
Fique ciente que farei o meu melhor. Era bom é que os dias começassem por ter 48 horas, assim seria possível fazer mais "coisas", não é?
Fique bem.
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