terça-feira, 20 de março de 2007

Redacção: A Primavera


No próximo dia 21 temos de volta a Primavera. É de novo tempo da terra florir e vestir-se de todas as cores, fantasias mil para os nossos olhos. Quem sabe, seja possível fazer uma pausa neste ritmo endiabrado da vida moderna e dar um salto até ao campo para melhor apreciar a dança da natureza.

O dia do início da Primavera é também o Dia da Floresta e da Árvore. Por isso é habitual, na nossa escola, assinalar-se este dia com o plantio de algumas árvores, entre outras actividades, que nos tentam trazer à lembrança de como é grande a importância na nossa vida desses misteriosos seres.

Claro que, entre essas actividades, sempre se faz uma chamada de atenção para as terras com grande crescimento urbano, que se situam próximas de grandes cidades, como é o caso de Alhos Vedros, porque são zonas que nos últimos anos têm vindo a perder grande parte da sua mancha florestal. É uma forma, creio, de manter acesa a esperança no futuro.

Aliás, deve dizer-se que, ultimamente, têm até desaparecido muitas das poucas árvores que tínhamos por cá, e que sempre iam animando este tom esmorecido e acinzentado do betão. Dizem que é um inevitável sacrifício, por causa das raízes que rebentam com as canalizações subterrâneas, ou até pelo lixo que delas se desprende e que muito sujam as nossas ruas, mau até para o nosso sistema respiratório. E eu acredito.

É verdade que já li em qualquer lado que os nossos responsáveis autárquicos prometem para breve uma reposição arbórea que rapidamente faça esquecer o triste desbaste. Esperamos bem que sim, aguardamos ansiosamente e fazemos votos que a ideia não caia para as calendas. Mas mais do que uma reposição das árvores destruídas, gostaríamos que se pensasse numa arborização a sério, com Comissão de Estudo, Acompanhamento e Tudo. O slogan é simples: Vamos fazer de Alhos Vedros um Jardim, e até porque fica bem para os próximos actos eleitorais.

E já agora, como o dia 21 é também tido como o Dia Mundial da Poesia, podemos aproveitar o embalo e colocar também alguns poemas, na justa medida em que formos semeando as árvores, e até o turismo fará reflorescer a economia, porque são de crise os tempos que correm e é preciso usarmos alguma imaginação, que eu bem ouvi um ex-1º ministro dizer esta semana na televisão.
Luis Carlos Júnior

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