quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Movimento das Forças Interrogativas - Mais Uma...
Escrita e tecnologia
O acto da escrita é para muitos seres humanos uma forma de libertação, expressão universal do desejo e da mente. A evolução tecnológica na modernidade, disponibiliza ao cidadão comum inúmeros meios (Internet, "instant messaging", "blogging", wikis, "gadgets",etc) de divulgação de opinião e de interacção com o mundo, onde o sentido pleno da democracia de ideias se parece concretizar. A dependência tecnológica suscita todavia interrogações e riscos, pois as ameaças à privacidade e à intimidade tornam-se por vezes factuais, induzindo rupturas de índole sociológica e moral.
Reflexivamente, que contributo e que função desempenha a tecnologia na oficina da escrita ?
Flávio M.
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11 comentários:
A Democracia já não está no Parlamento, nem a Justiça nos Tribunais. O poder efectivo, de representação e de expressão está no media. Mas não nos media manipuladores e obsoletos: está nos Blogs! está onde as pesoas podem falar e expressar as suas ideias livremente.
Até agora muitos tentaram calar a VOZ LIVRE dos Bloguistas. Mas não conseguiram.
Por isso, Blogs como o MFI, fazem todo o sentido. É a voz de quem não tem voz, de quem já não se sente representado no Parlamento, nem defendido pela Justiça lenta e decadente.
Tenho dito, aliás, interrogado!
Plo MFI,
Luís Mourinha
Escrever na Net é como lançar flechas. Uma para cada alvo que lê a mensagem. Se acerta ou não no alvo, depende do alvo e não da flecha.
Parece certo que a qualidade daquilo que lançamos, nos limites amor ou ódio, regresse a nós posteriormente das mais variadas formas equilibrando a lei da causa/efeito.
A democracia representativa tende a evoluir para uma democracia directa que alarga a procura de soluções e dá maior dignidade e liberdade ao pensamento.
Os que dominam a progamação e o software não terão dificuldade em entrar em qualquer computador. Convém não deixar nada no quintal e proteger~se com bons programas que detenham hackers curiosos.
A força da Net e das soluções associadas é indesmentível, e a ubiquidade da sua (omni)presença é um vector de liberdade, de emancipação da voz dos silenciados, amordaçados e aflitos. À boa maneira socrática, "fala para que te conheça".
Quanto à privacidade e à intimidade o risco é real, exponencial e efectivo, se o cidadão extremizar a sua exposição. Não pelo vigor das ideias, mas pelo estágio da vida e pela perenidade dos sentimentos mais profundos. A lei da causa e da consequência rege na verdade o cosmos que nos abriga.
Flávio M.
Estimado blog,
infelizmente para mim a temática aplica-se pois tenho encontrado na análise de endereços e conteúdos consultados por meus filhos indícios de aliciamento a menores. Este é um grande risco a ponderar para a privacidade familiar e intimidade de cada um, e mesmo as melhorias nos mecanismos de segurança e nos "browsers" que permitem condicionar e controlar, parecem-me insuficientes.
Fernando Moreira
Interessei-me por blogs recentemente. O que sinto,agora,é a tendência para a comunicação e o debate começar a cristalizar-se à volta dos mesmos participantes. Sentimo-nos bem, confortáveis com um grupo de amigos e é com esses que trocamos opiniões, como a beber um copo à volta duma mesa, num GMAIL privado, em que contamos com uma ou outra espreitadela esporádica de algum visitante. E isto é mau? Ou, pelo contrário, é uma selecção natural, em que apenas os "melhores" vão sobrevivendo? Sabe o MFI quantas pessoas já responderam às propostas lançadas?
Abraço interrogativo.
A.Tapadinhas
As TIC não põem em causa a escrita.
Penso eu! pelo contrário, facilitam e permitem uma maior divulgação e comunicação.
Os Blogs, por exemplo, são hoje um exemplo de comunicação livre.
As TIC são uma área de conhecimento que preenchem cada vez mais os diferentes domínios da nossa vida. Devidamente utilizadas, geram um valor único para as múltiplas actividades humanas e constituem um factor democratizante e de aproximação entre povos, credos e raças. Sou um indíviduo que ainda priveligia o papel e a magia da palavra escrita pela mão individuada, ditada pela porção de espírito que cada um de nós encerra em si. Esta incursão pelos "blogs" tem-me gerado algumas antinomias da razão, deslumbramento e utopia. Mas também humanismo, interacção, multi e interdisciplinaridade, sentimentos profundos, e acima de tudo a liberdade de ser sem as peias da presencialidade tantas vezes inibidora de soltar o oráculo da verdade.
Thanks
Eduardo P.
Creio que as TIC (Tecnologias da Comunicação e da Informação)constiutem uma boa parte do espelho da sociedade globalizada.
Devia ser assim, devia ser assado? É.
Poderá vir a ser de determinada maneira? Decerto.
Mas talvez nunca da forma como cada um vai magicando no seu canto. Tudo se vai processando num equilíbrio de diferentes forças, algumas delas que nos transcendem. O Mundo é um campo em aberto de infinitas possibilidades.
O desenvolvimento tecnológico, todas as descobertas e inovações, são incrivelmente admiráveis. Carrega-se num botão e a luz acende, eleva-se o som e a folha preenche-se de ordenados caracteres. Milagre atrás de Milagre. Assim, haja a capacidade de se utilizar tudo para servir todos.
Entre-tanto, o macaco olha e quer trincar a banana, ainda que não seja sua. A vida tem riscos, os acidentes acontecem e "quem semeia ventos colhe tempestades", dizem. A forma como agimos, dizemos, escrevemos, é muitas vezes determinante naquilo que acaba por acontecer - agressão geralmente produz agressividade. De certa forma, a tal lei da causa e da consequência, ou de outra a lei "kármica". Um conselho: não sejam maldosos e não queiram para os outros o que não querem para vós. Talvez assim o medo diminua.
Para que o grupo de participantes no MFI não se cristalize é preciso participar e estender convites aos amigos e aos amigos dos amigos. Muitos não gostam de escrever, mas podem sempre fazer um desenho, ou... tirar uma fotografia.
Desta vez as perguntas não foram muitas, mas as afirmações são todas duvidosas.
..." os acidentes acontecem "...
No comments...
"Os acidentes acontecem"...Eis uma excelente matéria de análise filosófica, nomeadamente metafísica.
Independentemente da deriva ou vulnerabilidade do agente qual a função do acidente no mundo ?
Em termos de contingência, como pode a tecnologia mitigar o lugar do acaso?
Flávio M.
Amigo A. Tapadinhas, tinha-me esquecido da tua pergunta. Fui ver quantos têm participado nos diálogos do MFI: Somos 13 habituais e duas exporádicas, sendo que alguns "são dois".
Neste momento não temos temas para debate. Se tiverem alguma ideia/proposta, enviem para vedros.alhos@gmail.com
Boas Festas,
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