quarta-feira, 7 de novembro de 2007

A Felicidade no MFI


UMA REFLEXÃO SOBRE A FELICIDADE:

Entre as inumeráveis descrições da felicidade podemos optar, por exemplo, pela visão do Dalai Lama, que associa a felicidade com a compaixão e o amor: Estamos feitos para procurar a felicidade. E está claro que os sentimentos de amor, afecto, intimidade e compaixão trazem consigo a felicidade".

Ou podemos ficar com a típica visão materialista da felicidade que reflecte ironicamente esta frase do actor cómico Groucho Marx:" Meu filho, a felicidade está feita de pequenas coisas: um pequeno iate, uma pequena mansão, uma pequena fortuna…"

- VIVAN EDELMUTH – Psicóloga Transpessoal

O QUE É QUE SE PODERÁ CONCLUIR A PARTIR DAQUI?

17 comentários:

CIDE disse...

Talvez se possa concluir, que precisamos de uma pequena dose de bom senso e outra pequena fortuna: humanismo!

Felicidade na Educação disse...

Dispondo do necessário para conforto do corpo humano (que é básico numa sociedade civilizada)-,se o humanismo não triunfar quem é que pode ser feliz?

A felicidade é o estado natural do ser humano por direito humano inquestionável para TODOS.

Para reaprender este estado natural o ser humano precisa do encontro entre ele (a gota) e os mundos (o universo).
Parece que é a morte do artista mas é o começo da verdadeira aventura -,o fim do ego e o princípio do Ser.

Há quem diga que é este o propósito da vida para quem nasceu como ser humano. Fasquia muito alta?

Será mesmo?

MJC disse...

FECHAR O CÍRCULO, ABRINDO.

Num cenário de satisfação das necessidades elementares (com a amplitude que cada um por si lhe queira dar ou de que se julgue merecedor) do ser humano, o conceito de felicidade realiza-se, sobretudo, e na minha opinião, na esfera do encontro.

Encontro efectivamente, que não o estar e/ou o conviver.

O encontro, sejam quais forem as coordenadas em que realize e o tipo de vínculo que lhe sirva de fundo, permite completarmo-nos recuperando ou ganhando, assim, a parte de nós próprios que, não nos pertencendo, também é nossa, pois que, é no reflexo do outro que todo o ser se completa.

m. joão

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Olá Estórias !

Sobre este tema feliz, desprendo-me das visões teológicas ou filosóficas e direi por palavras próprias:
"Sim, gostaria de encontrar-me um dia com o universo, perceber o sentido da vida e da minha função num espaço e num tempo que não escolhi. Mas a felicidade é um caminho e delimito o meu sonho de luar nas coisas simples da minha existência. Sou feliz quando:
- a verdadeira afeição me sopra pelas palavras e gestos daqueles que amo;
- ajudo o cego a caminhar na luz e o faminto a encontrar o seu alimento;
- a generosiadade do meu sorriso aquece o coração indiferente dos meus semelhantes;
- o valor do meu esforço paga as injustiças da comunidade;
- os meus filhos correm para meus braços mesmo quando regresso a casa de mãos vazias;
- louvo o sol que a aurora anuncia;
- colho o aroma da flor e a fertilidade do humús;
- manifesto aos outros e à vida como sou na incompletude do meu Ser;
- acalmo a ira e eternizo a paciência, mesmo nos despojos do dia;
- toco o corpo e navego no espírito daquela que significa o preencher dos meus dias, génese dos prolongamentos de mim;
- a minha fortuna encontra nas palavras sábias e na omnisciência da ideia do mundo a linguagem que agora reencontro no palco da minha consciência."

Não olvido a "vil" matéria. Ela trespassa a minha contingência, mas será, tal como meu corpo, um veículo mais para chegar ao porto do meu destino.
Thanks e Felicidades !

Eduardo P.

Estudo Geral disse...

Podemos resumir o Budismo Tibetano na sua demanda pelo fim do sofrimento, ou na conquista da felicidade, no "Tudo pelo Outro". Por outro lado, o "American Way of Life", tipicamente neo-liberal, resume-se no "Tudo por mim... e pelos meus". Se somarmos dará "Tudo por Todos". E como é fácil fazer contas de somar...

Agora perguntas:

-Será que o encontro entre o indivíduo e o universo terá de significar o fim do artista? Não creio.

- Não será o encontro "no outro" o mesmo que se encontrar a si mesmo?

- me, meu, minha,etc., não serão demasiados pronomes pessoais e possessivos?

- Bom senso e humanismo, sem dúvida!

Luis Carlos

COMISSÃO NACIONAL DA EDUCAÇÃO BASEADA NA CONSCIÊNCIA disse...

As portas do Universo... abrem-se na medida que se deixa (para trás) a ilusão do ego.

A felicidade do ego existe? - Será o 'Tudo para mim'... bom senso?

Não deveria haver uma Escola prática para a FeliCIDADE?

Mas há a Prática de Cavalaria 9...

Unknown disse...

A arte não tem fim e o encontro com o universo não se ensina nem se aprende nas experiências fora de nós.
A "minha" felicidade é também participar da felicidade dos outros mas a integralidade de mim não se preenche na respectiva completude. Como disse Vergílio Ferreira, o existencialismo é também um humanismo.
Seja fracção ou mónada, a aspiração individual começa num simples átomo da semente universal...De que serve a posse ao intelecto ?
Não falo daquilo que não conheço nem caminho sozinho no mundo terreno.
Sabe Luís, uma única resposta: Humano...talvez demasiadamente humano ! Como nós gostariamos de desvendar o mistério...

Perdoe-me esta divagação neste mar imenso. É assim que sou e é assim que penso.
Thanks

Eduardo P.

Felicidade na Educação disse...

Ninguém ensina nada a ninguém, estimula-se o que há dentro de cada um -, a feliCidade pode ser estimulada na organização e na desorganização dos dias, na prática (praxis) e na contemplação de (theos)- teoria.

Estudo Geral disse...

Será que se pode concluir dizendo que
-a felicidade do ego existe, embora seja uma ilusão dentro de ilusões
-o "tudo para mim" não tem ponta de bom senso, embora se possa rezar a si mesmo
-deveria haver uma escola prática de felicidade, mas são necessários atingir consensos e definir caminhos pelo Conselho de Sábios
-porque a prática de cavalaria 9 será, um dia, dispensável. E não é que já tarda...

De acordo?

Luis Carlos

Felicidade na Educação disse...

A propósito... a falta de responsabilidade da liderança mundial sobre as catástofres que resultam do aquecimento global dá uma ideia do falhanço dos seus princípios convencionais... na continuidade de outros temas como a educação e a pobreza.

Haverão saídas de reorientação comportamental?

Sim... tendo em consideração que a felicidade poderia ser um sentido (ou um direito?) de todo o ser humano.

- Será que poderia ser?

Felicidade é viver em equilíbrio consigo mesmo, com a Natureza e a Sociedade.

O Direito nacional ou internacional apontam claramente para este equilíbrio na prática, para além de Declarações?

Qual é o problema?
Falta definir o que é Equilíbrio?

Haverá falta de Sábios?

Ou a democracia e as leis da oferta e procura estão à altura do sec. XXI?

Unknown disse...

Reflexão ponderada Eduardo Espírito Santo sobre a volatilidade dos dias e a inconveniência de dissociar "praxis" e contemplação !

Eduardo P.

Unknown disse...

Estórias (Luís C.) !

Possa trair-me a subjectividade das palavras, mas ainda alguma diferença de perspectivas;
- sim, a felicidade do ego é utópica (o ego é um "meio" finito, não entende nem participa da ordem universal das coisas)
- o "tudo para mim" (não o diviso nas palavras aqui ditas) como acto decomiseração /flagelação/
egocentrismo representa um retrocesso no caminho da verdadeira felicidade, mesmo figurando como catarse. Não estamos sózinhos no mundo....
- numa escola prática de felicidade, como ensinaríamos a diferença ?
Thanks

Eduardo P.

Felicidade na Educação disse...

A diferença é importante para a vida (a experiência de Singularidade é muito importante)desde que... esta permita aceder à experiência fundamental da Unidade.

Doutra forma a experiência desordena (isto é... tem a morte incluída em si... o que 'também' recambia o ego para a cadeia da repetição da experiência... até que um dia chega a morte que afunda a ilusão do ego:

(Ilusão signifca opor o singular à unidade).

Desta forma... fundando a aventura natural da experiência na Ordem da Lei Natural - ou seja, unidade e singularidade EM ESTADO DE UNIÃO.

Isto chama-se CONSCIÊNCIA CÓSMICA:

- sem a última a LIDERANÇA é... cegos conduzindo a massa da mais penosa cegueira.

Só os Sábios percebem os sinais da consciência cósmica - os políticos são executivos da massa, não lideram coisa nenhuma... e quando se metem nisso dá zebra da grande (ditadura)!

Para se adquirr C C - Consciência Cósmica é preciso avançar com técnicas de autodesenvolvimento fidedignas.

A Educação que sonega esta experiência de LIGAÇÃO/UNIÂO da realidade Singular e da realidade da Unidade tem vindo a fragmentar e a amesquinhar a vida no marketing dos dias em que estamos mergulhados.

Se um homem dispõe de um método para tratar um assunto e não o diz aos seus semelhantes... é pior do que ladrão, é cúmplice da estultícia autofágica em que os seus irmãos como sonâmbulos caminham empedernidos para lado nenhum.

VIVA A CONSCIÊNCIA CÓSMICA - A FÍSICA E A METAFÍSCA NA EXPERIÊNCIA DA EDUCAÇÃO É O VERDADEIRO MOVIMENTO QUE LIBERTA!

jm disse...

Poderá um sábio ser feliz?

A.Tapadinhas disse...

Pode ser polémico o que vou dizer. Mas não vou voltar ao assunto. Das reflexões que li,retiro uma conclusão: é fácil ser feliz; o mais difícil é ter a consciência disso.
A.Tapadinhas

philos disse...

"A felicidade é um perfume com que não podemos aspergir os outros sem que caiam algumas gotas em nós mesmos."
Ralph Waldo Emerson

"Podemos tratar as doenças físicas com medicamentos, mas a única cura para a solidão, o desespero e a infelicidade é o amor. Há muita gente no mundo que morre por uma fatia de pão, mas há muita mais que morre por um pouco de amor."
Madre Teresa de Calcutá