sexta-feira, 23 de maio de 2008
Fernando Pessoa decidiu-me!
Continua a ser uma questão polémica, mas a uniformização gráfica da língua portuguesa, tudo o indica, será uma realidade dentro de seis anos.
Pela minha parte, não conseguia decidir o que seria melhor: ouvia um professor, concordava com ele, ouvia um doutor, idem, idem, aspas...
Sabia lá se era melhor escrever com 23 ou 26 letras (23+k,w.y)? Se era mais quente um Agosto do que um agosto ? Seria mais correcto escrever correto? Mais sábio um académico do que um acadêmico? O meu fim-de-semana, porventura, perderia valor se não passasse de um simples fim de semana?
Até que li as palavras de Fernando Pessoa (esse mesmo!), quando do acordo ortográfico de 1911, entre a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia de Letras do Brasil.
“Sendo a palavra escrita um produto da cultura, um indivíduo tem o direito de adoptar o que quiser...
É da essência da cultura, que consiste precisamente em estabelecer a confusão intelectual, em obrigar a pensar por meio do conflito de doutrinas.”
Fiat lux!
Vai ser conforme me apetecer, que é o que eu faço com a minha pintura!
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3 comentários:
Também voto no Fernando Pessoa!
Voto na Poesia, voto na Cultura. Esta será a via para a mudança!?
A Língua não tem dono! Nem os académicos têm procuração para a alterar. A Língua é a nossa Cultura e a nossa Pátria: Muda com o "uso" e só essa mudança tem legitimidade.
Não axam? Pq a oralidade faz a diferença kuando se torna uso, digo, usual.
Luís Mourinha
LM:
Estou totalmente de acordo contigo!
Quero dizer, quase totalmente: Esta será a via para a mudança!? tem um ponto de interrogação a mais!
Abraço.
António
Eu também gosto muito do Pessoa e da Ana Moura. De tal forma que até acho que a Confraria da Liberdade devia pressionar o pelouro da Cultura da Câmara a trazê-la ao Fórum José Manuel Figueiredo. É que nem me parece que seja muito difícil...
E se a própria Confraria da Liberdade organizasse um espectáculo com a Ana Moura?
Sobre o Acordo Ortográfica nem o Pessoa me convence. Encontro boas razões em todos eles: os que sim, os que não e os que nim. Só todos juntos me satisfazem.
Luis Carlos
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