M.F.I. no “Estórias de Alhos Vedros”
Chegou o momento de fazer as perguntas!
Chegou o momento de fazer as perguntas!
As boas perguntas, aquelas que sempre desejámos fazer.
Nada melhor que uma boa pergunta. Uma boa pergunta vai directa ao assunto, uma espécie de Código Postal do discurso argumentativo. Uma interrogação certeira pode ser uma “Arma”. Não uma arma mortífera, mas um disparo de consciência; de consciência cívica e interventiva.
E o MFI é o Reino das Interrogações! É o reinado dos que se inquietam e querem saber porquê. Fazem o caminho do esclarecimento, o trilho da Verdade.
É para isso que cá estamos! Por isso existe o MFI, que agora se instalou no “Estórias” e que veio para ficar durante uns tempos, de semana a semana com um novo Tema, melhor dizendo uma nova interrogação.
Dos leitores e colaboradores apenas esperamos as Vossas interrogações e reflexões. Que digam de Vossa justiça, sempre que a voz escrita lhes permita. Gritem por escrito, até que a voz lhes doa, ou então calem-se para sempre!
Bem Vindos!
Para esta semana, uma inquietação complexa, (re)vestida com uma pergunta ramificada, como uma árvore de ramos múltiplos e folhas persistentes:
O Espaço Público distingue-se do Privado. Um é de todos, o outro é de cada um. Onde termina um e onde começa o outro?
O que é o espaço público?
De quem são os Espaços Públicos?
As ruas, os Edifícios, os Jardins, pertencem a quem?
Porque não estão melhor cuidados?
Que podemos fazer para que esses espaços sejam tratados como a nossa própria casa?
Nada melhor que uma boa pergunta. Uma boa pergunta vai directa ao assunto, uma espécie de Código Postal do discurso argumentativo. Uma interrogação certeira pode ser uma “Arma”. Não uma arma mortífera, mas um disparo de consciência; de consciência cívica e interventiva.
E o MFI é o Reino das Interrogações! É o reinado dos que se inquietam e querem saber porquê. Fazem o caminho do esclarecimento, o trilho da Verdade.
É para isso que cá estamos! Por isso existe o MFI, que agora se instalou no “Estórias” e que veio para ficar durante uns tempos, de semana a semana com um novo Tema, melhor dizendo uma nova interrogação.
Dos leitores e colaboradores apenas esperamos as Vossas interrogações e reflexões. Que digam de Vossa justiça, sempre que a voz escrita lhes permita. Gritem por escrito, até que a voz lhes doa, ou então calem-se para sempre!
Bem Vindos!
Para esta semana, uma inquietação complexa, (re)vestida com uma pergunta ramificada, como uma árvore de ramos múltiplos e folhas persistentes:
O Espaço Público distingue-se do Privado. Um é de todos, o outro é de cada um. Onde termina um e onde começa o outro?
O que é o espaço público?
De quem são os Espaços Públicos?
As ruas, os Edifícios, os Jardins, pertencem a quem?
Porque não estão melhor cuidados?
Que podemos fazer para que esses espaços sejam tratados como a nossa própria casa?
19 comentários:
OBRIGADO PELA INTERROGAÇÃO EM PROL DA QUALIDADE DE VIDA, dei uma pequena palavra do galho da Árvore,
http://portugalinvencivel.blogspot.com
eduardo
MUITA LUZ PARA ALUMIAR A MALTA
As ruas, os Edifícios, os Jardins, pertencem a quem?
Porque não estão melhor cuidados?
Que podemos fazer para que esses espaços sejam tratados como a nossa própria casa?
Temos um país muito bonito, de grande diversidade e beleza paisagística. Temos campo e temos praia, temos montanha e temos planície, cores de todas as tonalidades como no arco íris.
Mas no que toca ao planeamento da generalidade das nossas vilas e cidades, é uma desinspiração e das grandes. Falta de zonas verdes e espaços naturais, os edifícios na generalidade são feios, os equipamentos de desporto e lazer são escassos, e poderíamos continuar por aí fora que a descrição do mau gosto perduraria.
Será da pouca formação dos nossos líderes políticoa, sobretudo ao nível do poder autárquico? Será da incapacidade dos nossos engenheiros e arquitectos? Será devido ao clientelismo partidário? Será porque na construção civil se coloca o lucro individual muito à frente do bem comum? Enfim, será fruto da nossa fraca consciência colectiva? Porque será?
Dá-me ideia que planear uma vila, uma cidade, um país, de certa forma é como fazer uma pintura. O resultado final depende da capacidade e do bom gosto do artista, ou se a obra for colectiva dos artistas. Mas será que os temos?
E no resto do espaço lusófono será que as coisas são diferentes?
Luis Santos
Boas perguntas!
Mas a resposta ou as respostas é que não estão na ponta da língua. Talvez devesssemos começar pela Educação para encontrar a resposta.,
O Espaço Público é de todos porque todos pagamos! Ou é do Governo? A quem cabe cuidar? A todos? Ao Governo?
Perguntando sempre...
Margarida
O conceito de que nas cidades há um espaço público onde a população pode a exercer a cidadania, é um mito criado por espíritos dementes. Felizmente a ágora agora é controlada pela polícia em toda a pólis. Queriam o quê? Andar de mãozinha dada na rua? Isso é para o casal inglês da praia da Luz.
Os espaços livres estão a diminuir em todo o lado, confirmando que: "As liberdades não se concedem, conquistam-se".
Margarida,
nós pagamos (isso é certo), mas pagamos o quê? Pagamos para quê? Onde vai o dinheiro que pagamos? É utilizado na conservação das coisas públicas?
E quem deve cuidar das coisas públicas? Todos? As Instituições?
Há uma "coisa" que se chama Cidadania. Que devemos entender por isso?
Luís,
Responder concretamente parece-me difícil. Mas não há dúvida que a coisa pública é "nossa" e não do Estado ou dos Governos. Eles apenas são os gestores. E aí é que está o problema.De modo geral elegemos , delegamos e esquecemos. Ficamos apenas criticando partindo para o "nada" . Cidadania tem a ver com educação.e com formação política. Direitos e Deveres.Quais são. Aprendemos na escola, nas associações, nos Partidos?
Ter cidadania pode ser "viver na cidade", é a pólis dos gregos, quando criaram a democracia - mas exercê-la exige a atitude frente à qualidade de vida que queremos para nossa comunidade.Há que assumirmos o consenso sobre o que é justiça e solidariedade; isto nos leva a pensar e a fazer pelo coletivo. Sem esta visão, não temos cidadania. Cidadania não é o que é bom só para mim! Por isso que tem gente "autista"! Não olha à volta.
Não basta participarmos nas eleições ou não votarmos porque não acreditamos no sistema eleitoral.Cidadania ativa exige informação e visão crítica, para que a democracia não se torne uma ditadura da maioria, e para que o egoísmo não reine.
Debater idéias e as práticas que consolida algumas cidadanias. E nos ajuda a encontrar as razões das dificuldades, mas as soluções nos ultrapassam.O poder político está delirante. Como diz o filosofo francês Agamben é preciso ultrapassar a fatalidade do vazio e a «servidão voluntária» . Por isso não nos calemos e descubram-se alternativas.
Também Giorgio Agamben fala da «decadência da democracia moderna» e da «sua progressiva convergência com os Estados totalitários nas sociedades pós-democráticas espetaculares».O estado de direito está em crise.
Mas eu ainda acredito no poder da democracia participativa para exigir dos representantes eleitos ou denunciar os atos irregulares. Exigir por exemplo a transparência da administração. Temos muito bons exemplos a apontar, a divulgar e a seguir.
E julgo que grupos como este contribuem para essa cidadania mais consciente. O diálogo dos povos é uma ferramenta importante para o tal consenso de justiça e solidariedade.Mas temos que estudar sempre.
Espero ter respondido algo e não confundido muito.
Margarida
Suponho que os lusófonos tem mais dificuldades talvez por causa da corrupção e do corporativismo da classe política e porque a massa popular tem pouco conhecimento sobre o exercício cívico: votam mal e participam pouco.
Margarida
Sem dúvida: cidadania implica participação activa!
Mas para isso, necessitamos de uma boa gestão do "bem público", aquilo que é de todos e de cada um.
Relacionado com esta questão está a das taxas e dos impostos.
Para quê os Impostos senão para cuidar do espaço público, garantir a educação pública e a saúde pública?
Se assim não for, vale a pena pagar impostos?
Claro que o dinheiro dos nossos Impostos deve servir para cuidar dos espaços públicos, proporcionar uma educação pública de qualidade, assim como cuidados médicos a todos os cidadãos.
Se pelo menos esses direitos não estiverem garantidos, mais vale deixar de pagar Impostos.
Se o vil metal é que importa, para quê construir um jardim, onde se pode construir um prédio, por exemplo?
Teresa.
Se o novo Liberalismo valoriza o dinheiro e o material e desvaloriza as pessoas, e se tudo é quantificável, quanto vale uma pessoa?
Será que tem preço? Quanto?
Quanto vale um funcionário em "mobilidade"? Quanto vale um desempregado, quando a Empresa deixa de dar o lucro esperado?
Se o que é público tem pouco valor, quanto vale o privado, a pessoa e a liberdade individual?
Já são muitos os galhos desta árvore nascida do MFI. Boas interrogações e excelentes reflexões!
Afinal sempre vale a pena perguntar!
Luís Mourinha
Como espaço público deverá entender-se, simplisticamente, como tudo aquilo que não é privado.
Mas quando falamos em espaço público normalmente pensamos em espaço físico, material. Talvez devamos também pensar no espaço público imaterial que terá mais a ver com emoções, relação com o outro, ...
Quer num como noutro é difícil estabelecer parâmetros rígidos sob risco de facilmente se cair nalgum desnorte ou contrasenso. Não é possível criar leis para tudo embora, nalgumas situações, tal seja útil, necessário e até mesmo indispensável . A vida assim também seria, seguramente, muito mais aborrecida e descolorida. Portanto, deverá imperar, em vastos domínios e matérias, aquilo a que chamaria de bom senso. Bom senso esse que é ditado, em primeiro lugar, pela educação e cultura.
Cabendo aos representantes eleitos democraticamente através de eleições a gestão dessa coisa pública, e sabendo nós que "o poder corrompe as pessoas" (que o exercem) maior tónica coloca no bom senso individual. E é assim que tudo deriva do mesmo e ao mesmo retorna: Educação e cultura.
Algo que se constrói diariamente, individual e colectivamente, e que é um projecto de longa duração, p´ra toda a vida.
Investir em nós próprios e no outro, partilhando (-nos) e corrigindo (-nos) que essa coisa poderá funcionar melhor amanhã do que hoje.
Aqui estão, pois, algumas ideias soltadas em volta.
Um abraço do Croca
Naturalmente que a emancipação social passa por um cada vez maior incremento da democracia participativa em detrimento da democracia representativa.
Por uma opinião pública que se quer o mais esclarecida possível, capaz de ajudar a esclarecer as opiniões dos gestores públicos, em direcção a uma, cada vez maior e efectiva qualidade de vida.
Mas o que é ser esclarecido? E o que é uma efectiva qualidade de vida? Quais são os princípios que a devem nortear? Aqui é que está o busilis, não é verdade?
E depois, "quantas vezes falar pouco é fazer muito", ouvi eu dizer numa altura em que o Dalai Lama se vai passeando pelas ruas de Lisboa.
Luis Santos
Sim Luís,
mas como participar numa democracia representativa surda aos gritos do povo?
Que possibilidade tem o povo (cidadão)de participar, junto dos Orgãos de Soberania?
Quando vamos a votos votamos numa pessoa(político)e num Programa político e/ou ideológico!? Depois esses nossos "representantes" governam em nosso nome, supostamente de acordo com as nossas expectativas!? Será? Que tipo de representação é esta? Como controlar ou aferir as promessas eleitorais que nos fazem, em relação às coisas públicas?
Penso que há aqui uma ionterrogação central: como equilibrar uma governação representativa com um modelo que se deseja participativo?
Nunca a participação social foi tão ampla. Desde a Revolução Francesa, com a implantação do liberalismo, que a democratização das sociedades se vem consolidando cada vez mais.
Hoje são conhecidos todo um conjunto de movimentos sociais, transversais a toda a sociedade, de raça, sexo, género, ambientais, pacifistas, sindicais, religiosos, e sei lá que mais.
Portanto, a participação social não está de todo mal de saúde, mas claro que mais se recomenda. É por isso que estamos aqui e o povo está com o MFI. Por agora só reflectindo, mas já a pensar sermos as próprias ideias.
Será ainda demasiadamente representativa a nossa democracia? Decerto. E deverá ser menos? Não sei. A mim já me bastava que os gestores políticos fossem muito bons. E parece-me que não têm sido tanto. Se calhar é isto, temos de exigir maior eficiência aos nossos representantes políticos.
Será necessária reformar o sistema político? Talvez. E apostaremos mais em democracias plurais e radicais, ou em socialismos de mercado? Que dê para todos, e bem, é o que se deseja.
Mas como? Teremos artistas que dê para tanto? Sem dúvida.
Luis Santos
Como sabem, no Movimento das Forças Interrogativas, coisa que é de todos e não é de ninguém, alguém se lembrou de promover uma troca de ideias (ou será de palavras?). A questão por ora em debate trata, em síntese, dos espaços públicos e da participação social. Como gostaríamos de criar um grupo forte que contribuísse um pouquinho a melhorar esta insane representação política, estamos a convidar os amigos especiais para passar no blog Estórias de Alhos Vedros ( http://estoriasdeoutrosvelhos.blogspot.com ) e a deixar um comentário, ou vários, na con-versa em curso. E olhem que está animada. Se assim for, e se conseguirem alargar a participação a outros amigos, conseguiremos certamente um interessante espaço de encontro.
aquele abraço,
luis carlos.
MFI Sempre!
O MFI é o Reino das Perguntas, que são os trilhos para a verdade. De atalho em atalho caminhamos para o esclarecimento e para a Verdade.
Quem pergunta sabe o que diz!
Pode não saber a resposta, mas sabe que o caminho para a resposta se abre através das Perguntas. Sendo assim, as boas perguntas são a porta de entrada para a sabedoria. E a sabedoria é a maior das virtudes.
Um grande abraço a todos os participantes deste Blog!
Luís Mourinha
ACHTUNG!
O MFI vai voltar com um novo Forum.
Porque perguntar não faz mal! pelo contrário, faz bem à saúde mental.
Perguntar satisfaz a curiosidade mental e facilita o caminho para a Verdade.
P´lo estórias de Alhos Vedros:
Luís Mourinha
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