O M.F.I. ESTÁ DE VOLTA!!!!
Voltamos com mais um repto intelectual.
Diríamos um “rapto” à nossa indiferença.
Nunca nos preocupámos tanto com a eficiência, a rapidez e o lucro.
São os Sinais dos novos tempos!
Por isso, nos preocupamos como devemos ser, connosco e com os outros, sem perdermos a dignidade e a pessoalidade (diferença pessoal). Por outro lado, somos "assaltados" pela diferença, pelo individualismo e peo consumismo ultra-materialista.
Daí um novo desafio interrogativo:
“La Palisse diria: “a verdade é a verdade””. Mas nem tudo o que parece “é”. As aparências enganam, iludem e chegam desanimar. Há quem viva de aparências e sabe disso; outros vivem nesse estado, mas nem disso sabem.
Sem ânimo somos autómatos, repetidores e acríticos. O ânimo é a “alma” que nos dá força e garra para continuar. Sem alma somos amorfos e perdemos a identidade pessoal."
Qual deverá ser o perfil ideal do cidadão do Século XXI, que vive em Democracia, supostamente plural e guardiã da liberdade individual?
Como viver num mundo altamente competitivo, em constante mudança sem perder a essência do que somos?
Voltamos com mais um repto intelectual.
Diríamos um “rapto” à nossa indiferença.
Nunca nos preocupámos tanto com a eficiência, a rapidez e o lucro.
São os Sinais dos novos tempos!
Por isso, nos preocupamos como devemos ser, connosco e com os outros, sem perdermos a dignidade e a pessoalidade (diferença pessoal). Por outro lado, somos "assaltados" pela diferença, pelo individualismo e peo consumismo ultra-materialista.
Daí um novo desafio interrogativo:
“La Palisse diria: “a verdade é a verdade””. Mas nem tudo o que parece “é”. As aparências enganam, iludem e chegam desanimar. Há quem viva de aparências e sabe disso; outros vivem nesse estado, mas nem disso sabem.
Sem ânimo somos autómatos, repetidores e acríticos. O ânimo é a “alma” que nos dá força e garra para continuar. Sem alma somos amorfos e perdemos a identidade pessoal."
Qual deverá ser o perfil ideal do cidadão do Século XXI, que vive em Democracia, supostamente plural e guardiã da liberdade individual?
Como viver num mundo altamente competitivo, em constante mudança sem perder a essência do que somos?
13 comentários:
Estou a tentar ter o perfil ideal do cidadão do século XXI: comunicar com o Mundo como estou a fazer com o M.F.I., ou seja pelo computador. Sou, continuo a ser, um bom jogador de xadrez - ganhei há dois anos o Campeonato Distrital de Veteranos. Depois de várias semanas sem ir jogar ao Clube onde estou inscrito, ontem fui lá para jogar umas partidas. Não é que assisti a uma discussão monumental por causa dos comentários que alguém fazia às jogadas? Tudo acabou quando um dos intervenientes atirou tabuleiro e peças para o chão. Para mim representou mais uns meses sem jogar ao vivo. Jogo no meu computador com jogadores de todo o mundo. Sinto-me muito mal, cada vez que vou à rua e vejo algo que não está correcto e não reajo. Sei que a minha saúde já não o permite. Mas a minha consciência acusa-me de cobardia. Então a solução de compromisso que encontrei traduz-se numa palavra : solidão. Não "cem anos de solidão" mas os anos que me faltam viver, rodeado pelas pessoas bonitas que eu conheço. Não quero perder a minha identidade pessoal em benefício da força apoiada em leis primárias e inconsequentes. A luta pela liberdade de todos já a travei. Agora, chega-me lutar pela minha liberdade individual.
Não havendo dois homens (ou mulheres) iguais, apesar dos esforços da castração globalizante, que de tudo quer fazer tábua rasa, não consigo imaginar o que seja o cidadão ideal do século XXI. Além do mais, tenho imensa dificuldade em aceitar estereótipos. Por exemplo, quando me dizem que os Beirões são muito teimosos, eu costumo dizer: há os que são e os que não são.
Digo estas coisas porquê? Porque quero comunicar com o mundo? Não! Quero apenas comunicar comigo, única pessoa com quem vivo desde que me conheço 24 horas por dia. Penso que é uma perda de tempo tentar comunicar com o mundo; o mundo é que deve comunicar connosco, se o não faz é porque lhe não fazemos falta, é sinal de que o mundo está rico – ainda bem para o mundo – e nós somos excedentários. Ainda mal para nós.
Se sentimos muita falta, se nos sentirmos incomodados por não sabermos, não podermos ou não nos deixarem comunicar com o mundo, então alguma coisa está mal connosco e em nós, não necessariamente com o mundo (ou no mundo).
O facto de estarmos no mundo não torna obrigatório que lhe pertençamos, apenas nos deve predispor a imaginar o que queremos para o mundo. Ora, como o significado etimológico de mundo é LIMPO, antónimo de imundo, a nossa obrigação é, antes de mais, limpar o que sujamos, depois, limpar também à nossa porta o que os outros sujem e não queiram limpar.
De harmonia com esta óptica, o remédio para repor a ordem anterior à queda do tabuleiro de xadrez e ao esparramar de peões, cavalos e bispos é precisamente apanhar o tabuleiro e colocar as peças nos seus lugares.
Quem o deve fazer?
Deve fazê-lo aquele que mais deseje que o mundo seja um lugar limpo.
Aqui há uns bons anos, costumava eu usar quotidianamente a travessia do Tejo entre Barreiro e Lisboa. Em uma dessas viagens, vinha de conversa com um velho amigo que estivera na guerra comigo, quando ambos nos apercebemos que um outro passageiro rasgava um papel em pequenos pedaços, deitando-os para o chão. O meu amigo levantou-se e foi apanhar os pedaços um a um e, enquanto os metia no bolso, perguntava ao prevaricador: não lhe fazem falta, pois não?
Nessa ocasião, o barco fico mais limpo e o mundo mereceu o nome que lhe coube.
Abdul Cadre
voltar a um tempo em que as coisas são só coisas e embalagens. e distinguir o que importa do que não é. por vezes é preciso uma revolução interior.
Aceitar para transformar sem planos: de repente, o século vinte e um será do conhecimento completo e não exaustivo, das austeras e limpas sociedades baseadas na ética mais nobre e profunda. As verdades e a veracidade do espírito terão o seu firme brilho claramente estabelecidas. - A Ordem do Solar sobre a Terra. As pessoas mais toscas e talvez em maioria serão regidas pelo fluir da evolução sem as nossas actuais crises laboratoriais supercriativas de velhas raposas. O homem terá tempo para a vida interior e poderá estar em diferentes planos de existência, incluindo este (o nosso). Não haverá escravatura materialista, mas um trabalho constante de governação de acordo com o calendário dos eventos cósmicos, naturais e, uma economia de alta sinergia baseada na livre cooperação, em vez da competição/concorrência. Este século poderá não ter perfil existencial também. Quantos mundos e imundos são expressão da consciência sagrada e da consciência residual? Se o individualismo cresce, a ética também. O lugar para o discurso oposto estará melhor loclizado e sempre bem reservado, afinal... tudo é co-criação, mentes, pessoas, séculos e perfis, diz-se.
Gualdim (de dois blogues)
Se amesquinharmos a vida, amesquinhamos o eterno.
Vivemos tempos de neo-liberalismos triunfantes, mas lá virão socialismos de mercado. Iremos continuando a democratizar as democracias.
Ideias de competição e de concorrência são palavras tontas que os economistas utilizam, porque lhes facilita as contas, quer de distribuição das riquezas, quer das próprias contas bancárias.
Enfim, o que é, é. Estamos como estamos.
A troneira roda-se e lava-se o rosto, o esquentador liga-se e aquece a água, o frigorífico é omni-presentemente frio, a hélice roda e partimos a voar. Milagres da capacidade de pensar. Só a utilização que se dá à indústria militar era dispensável, mas lá chegarão os primos dos rabudos lémures, na justa medida que descobrirem os caminhos do espírito.
Assim, melhoraremos as nossas capacidades de participação social, cooperando em vez de competir, equilibrando mecanismos de troca em vez de concorrer.
De barriguinha cheia, aprenderemos melhor a aprender,organizaremos melhor o trabalho (toda a gente sabe que o trabalho dá trabalho de mais, mas têm medo de falar nisso porque - por enquanto - não dá dinheiro), descobriremos novos e mais interessantes caminhos de cura, abrir-se-ão os caminhos dos anjos.
Na organização política temos de arranjar maneira de instituir o Conselho dos Sábios em vez do Conselho de Estado. E o que é um sábio? Será que ainda existem homens sábios?
Se amesquinharmos a vida, amesquinharemos o eterno.
Luis Santos
Para ser-se uma pessoa nas suas diversas vertentes possíveis, não será concerteza inconciliavel ser-se diferente e simultaneamente cooperante. Em qualquer sociedade o indivíduo peca pelo "carneirismo" em que vive, por medo de se afirmar,ser vítima de represálias, etc...
É mais fácil seguir a corrente, do que batalhar por as idéias que pensa serem as mais correctas, até de fácil aplicação e com resultados visivelmente mais positivos e satisfatórios a todos os níveis.
Perde-se muito tempo em reuniões, debates, enfim "trinta e um de boca" e por vezes as melhores ideias de mudança não são reconhecidas, porque os representantes do poder, são pessoas inábeis, que inclusive guardam as ideias na gaveta e as utilizam como sendo da sua autoria, algumas vezes.
Na minha humilde opinião o bom exemplo começa do mais alto patamar e não "faz o que eu digo, mas não o que eu faço". Um ser humano afirmar-se com convicção na sua diferença, não significa que seja pela negativa. Pode e deve fazê-lo de forma clara, calma e sujeitando-se obviamenete a critícas, invejas, incompreensão. Se todos tentassemos trabalhar um pouco para o bem comum, talvez existisse menos desigualdade social. Penso que como está, não pode continuar, as pessoas atrofiam em todos os aspectos, refugiando-se no consumismo e em outros valores pouco gratificantes, que lhes continua a deixar um vazio interior, cheio de desanimo, frustração, desapego, etc.
Um cidadão do século XXI deveria ser essencialmente mais humano.
Teresa.
Pergunta Luís Santos: Será que existem homens sábios?
Responde a sabedoria chinesa: O Homem torna-se velho muito rápido e sábio demasiado tarde.
Não sei muito bem, aliás, cada vez entendo menos o que se passa à nossa volta.
Que sociedade esta que criámos para os nossos filhos? Indiferente, competitiva e desumanna!?
Retive uma ideia fundamental: cooperação em vez de competição.
O Homem do Seculo XXI vai consumir-se nesta luta contra o outro, como se a competição fosse um valor e a cooperação uma fraqueza.
Maldito Deus economicista!
Maldito sejas, quando começaste a poluir as nossas consciências, com o dióxido das ideologias liberais.
Vai de retro!
Será necessário fazer o caminho do Deserto niilista, para começar de novo. Bem dito sejas Nieztche, que viste com vários Séculos de antecedência, que era preciso voltar a ser criança.
Desprezo a competição!
Voto na comunicação e na cooperação!
Luís Mourinha
Tapadinhas,
foi uma boa resposta. Gostei da resposta.
Juntarei à sabedoria chinesa alguma da sabedoria tibetana, na pessoa do Dalai Lama. Diz ele:"Quando se alcança o conhecimento perfeito, o espírito, livre, dilata-se e expande-se. O Despertar Total impede que o processo de ignorância se volte a formar".
Luis Santos
"Estou sempre a dizer às pessoas que as orações são obviamente boas, mas através das orações não podemos mudar a realidade. Mudem a realidade através do coração, através da acção!"
Dalai Lama
Acção e Meditação para os navegadores entre o passado e o futuro, para desconstruir a ilusão da exterioridade. O caminho que devora as ilusões é solitário, mas os navegadores estão em muitos mares e não mareiam, transformam o próprio oceano infinito da consciência pura. O tempo é agregação de fios de muitas meadas. Que ninguém se canse... deseja Gualdim.
Mas afinal, o que é a alma? Será "algo" com características muito próprias, que também contribui para que sejamos todos diferentes e únicos?
Haverá efectivamente a possibilidade de harmonia, na dualidade existente entre competição/cooperação?
Tantas interrogações para tão poucas respostas!
Teresa.
Recorrendo a algumas premissas dos colegas comentaristas, ancoro o meu simples comentário em quatro vectores: "liberdade individual" (A. Tapadinhas), a "anacronia da globalização" (Abdul Cadre), o "humanismo" de Philos e a "participação social" (CEAV).
a) Sou livre quando sou autêntico, mas não me posso dissociar da necessidade do mundo;
b)a globalização anula a diferença e induz ao fenecimento da criatividade. Ser ético é amar e (re)criar o mundo;
c)"ama os outros como a ti mesmo" porque na dádiva desinteressada e na coerência do teu amor, constrói-se uma mundo mais justo e fraterno;
d) a solidão é um modo de estares contigo, de entenderes a espiral do destino, a consciência de ti. Mas lá fora o mundo incita à participação, uma afecção sujeito-objecto em que a mudança deriva da coragem participativa de tornares audível a voz da tua razão.
Flávio Meireles
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