“Escrever. Porque escrevo? Escrevo para criar um espaço habitável da minha necessidade, do que me oprime, do que é difícil e excessivo. Escrevo porque o encantamento e a maravilha são verdade e a sedução é mais forte do que eu. Escrevo porque o erro, a degradação e a injustiça não devem ter razão. Escrevo para tornar possível a realidade, os lugares, tempos, pessoas que esperam que a minha escrita os desperte do seu modo confuso de serem. E para evocar e fixar o percurso que realizei, as terras, gentes e tudo o que vivi e que só na escrita eu posso reconhecer, por nela recuperarem a sua essencialidade, a sua verdade emotiva, que é a primeira e a última que nos liga ao mundo. Escrevo para tornar visível o mistério das coisas. Escrevo para ser. Escrevo sem razão.”
In Pensar , FERREIRA, Vergílio p.35-36
In Pensar , FERREIRA, Vergílio p.35-36
E é por isso que escrevevo no Estórias de Alhos Vedros, "para evocar e fixar o percurso que realizei".
Luís Mourinha
1 comentário:
Uma poesia feita prosa que vem do fundo do ser. Profunda.
Parabéns a Alhos Vedros.
Luis Santos
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