Se um Protesto de 100.000 pessoas na rua (neste caso de Professores) não impressiona o Governo de Portugal, o que será que o pode impressionar?
Não só pela actulidade do assunto, mas também pela problemática que o envolve, gostariamos de interrogar os bloguistas do MFI sobre tudo o que está a acontecer na sociedade portuguesa: qual o grau e/ ou possibilidade de participação dos cidadãos na vida política?
2 comentários:
Bem, a julgar pela manif dos profs, o grau é elevado, a possibilidade é total. Mas tal e qual como a chama da vela passa depressa.
É uma tendência pós-moderna a deslocação da representação para a participação política. Dizem que se chama democracia participativa
É assim tipo três passos para a frente, dois passos para trás, e vice-versa. Enfim, pouca coisa, quase nada.
De vez em quando é preciso que algumas coisas mudem para que tudo fique na mesma. Guerra civil na estrada, "car jacking" a granel, armamento avulso nas esquinas, droga quanto baste e mais umas fivelas de silício, porque os partidos políticos precisam de colar cartazes e o futebol vai começar.
É triste, mas é verdade, e tal como a Toyota está para lavar e durar.
E tudo isto faz parte de um processo social de lenta evolução. Tão lenta que é muito acelarado dizer que é lenta.
Cada povo, pessoa, etc. tem aquilo que merece?
Os fertilizantes ideológicos desta monocultura social serão de baixo nível?
Mas quem é que decide sem conhecer e quem é que conhece e lhe escasseia poder de decisão?
A democracia é a ignorância no poder. As pessoas não fazem ideia do que precisam... e são sistematicamente instigadas a adquirir o produto que acham (por capricho de consumo)que se vende melhor na relação preço-qualidade do mercado político nacional: O Centrão PSD/PS - que compram alternada e desenfreadamente fidelizados.
O bom-gosto é só para as minorias?
As 'massas' alguma vez terão razão?
Um dia... o principal programa político terá por síntese uma expressão consequente com o nosso desencanto colectivo:
- Austeridade... Então, f a r t o s de regabofe votar-se-á nesta onda.
Terei muita pena se acontecer que a tal austeridade seja travestizada numa reedição de novos caciques encomendada pelos renovadores centros de estudos de democracia cristã, como na juventude de salazar...
Mas a Austeridade é o respeito social que as pessoas mais precisam de se dar conta, a começar pelas classes dirigentes.
Não é neocon, não é social democrata, é libertária cumunitária e monárquica.
Um exemplo deste tipo de ideal restará em Gonçalo Ribeiro Telles, em gente no partido da Terra, no BE, no PCP, no PSD cavaquista, no MIC, no MIL... em articulação ou não, os movimentos expõem-se no tráfico de óculos-escuros e homens-estátua da Rua Augusta.
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