sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Estórias na Moita

Como é bom passear pelo Parque Municipal da Moita logo pela manhã, quando as árvores e as flores iniciaram o seu renascer, e enquanto se espreguiçam, sem pressa alguma, iniciam a sua calma azáfama, traduzem a luz e dão de alimento ao mundo. O Parque Municipal da Moita, diga-se, um dos magníficos lugares que temos no Concelho, verde luxuriante, flores de todas as cores, raios de branca luz puríssima.

Aqui no Parque existem duas grandes pedras que tempo fora se namoram. Ninguém dá por isso, mas eu sei que se abraçam, que se apalpam, que se beijam... Ele, o da esquerda, tem a forma de sofá, ela, a da direita, tem a forma de banco, onde outros jovens pares de namorados se pousam, sorriem de júbilo e em eróticas brincadeiras se envolvem, semi-afastados dos maldosos olhos do mundo.

Digamos que fica ali num cantinho próprio dos iniciados nestas coisas do namorar. Eu também por lá andei. Tão bom. Testemunhas disso mesmo são aqueles grandes pinheiros que, entretanto, muito cresceram e que de lá de cima nos miram.

E hei-de lá voltar!

Luis Santos

7 comentários:

A.Tapadinhas disse...

Costuma-se dizer nos castelos: "Oh! se as pedras falassem..." Neste caso, se os pinheiros falassem... Os pinheiros cresceram? Boa maneira de evitar a evidência: "Estou a ficar velho!". Não é, amigo Luís?
Abraço (não estás nada velho:).
António

Estudo Geral disse...

Einstein, já chateado com tanta intriga sobre a teoria da relatividade, mandou a sua secretária dizer-lhes que estar dez minutos a fazer amor não é o mesmo que estar sentado em cima de um fogão aceso. E eu acredito.

Abraço Grande,

CIDE disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CIDE disse...

Foi nesse espaço (quase mítico)que me iniciei na minha socialização secundária. Os primeiros cigarrinhos às (escondidas), os primeiros namoros,os jogos (Verdade e Consequência: o beijo na boca como castigo)...enfim, um mundo de experiências vividas nesse jardim de prazer, fuga ao quotidiano - o Parque da Moita.

Luís Mourinha

Estudo Geral disse...

Bem me parecia que não era só eu... Agora me lembro que uma vez encontrei por lá o amigo Eduardo Espírito Santo. Bem, se calhar é um bom lugar para a Confraria da Liberdade se encontrar.
- Será? dizem do MFI.

A.Tapadinhas disse...

Quando executar alguma obra do Parque da Moita, tenho de ter cuidado para não retratar alguns dos meus amigos... Quem diria?
Abraço.
António

ESTÓRIAS DE ALHOS VEDROS disse...

Por mim pode ser! proponho até que a próxima Reunião (meeting)do MIL seja no Moinho por cima do Parque.
Nesse Moinho, outrora abandonado, fumei os primeiros Negritos. Lá de cima via-se a Moita toda e vislumbravam-se momentos de aventura.

Luís Mourinha